A Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgou um relatório nesta sexta-feira (21) alertando que a temperatura média global em 2022 ficou 1,15°C acima da era pré-industrial. Isso é muito próximo de 1,5°C, a meta para 2030 com a qual o Brasil e outros cerca de cem países se comprometeram para barrar o aquecimento global. Os cientistas alertam que o aquecimento global está tendo graves consequências ao planeta, com impactos ambientais e sociais, como o aumento dos níveis do mar, ondas de calor e desertificação.
O relatório também mostrou que o gelo marinho na Antártica recuou para uma taxa mínima registrada em junho e julho, e os oceanos tiveram as temperaturas mais altas já registradas, com cerca de 58% de suas superfícies experimentando uma onda de calor. A taxa de 1,15°C é muito preocupante porque foi registrada mesmo com a influência do La Niña, um evento climático natural que manteve as temperaturas globais relativamente “baixas” nos últimos dois anos. Além disso, o índice é muito próximo de 1,5°C, o chamado “limite seguro” das mudanças climáticas.
As demandas para que o aquecimento do planeta não ultrapasse essa taxa vêm sendo integradas num ritmo considerado “insuficiente”. É necessário ampliar os investimentos em medidas para mitigar essa situação, principalmente para os países e comunidades mais emergentes que menos fizeram para causar uma crise.
O relatório alertou que as geleiras do mundo derreteram a uma velocidade vertiginosa no ano passado, um fenômeno que parece impossível de ser impedido. o chamado “limite seguro” das mudanças climáticas.
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