Opositor conquista vitória expressiva no segundo turno e se torna o futuro presidente da Argentina
Javier Milei, candidato da ultradireita, assegurou a sua posição como futuro presidente da Argentina, garantindo 55,75% dos votos após a apuração de 98,21% das urnas. A disputa acirrada o coloca à frente do candidato governamental e atual ministro da Economia, Sergio Massa, que conquistou 44,24% dos votos.
O candidato eleito ressaltou, ao eleitor, que o período de ação havia chegado, apesar do que chamou de “campanha do medo”. Milei destacou a importância de trazer esperança e interrupção o que considera a “continuidade da decadência”.
Economista de formação, Milei propõe mudanças profundas em meio à grave crise econômica argentina, incluindo a dolarização da economia e a extensão do Banco Central para conter a inflação, embora suavizado tenhado algumas promessas durante o segundo turno, garantindo não privatizar serviços essenciais como saúde e educação público.
O presidente eleito ganhou destaque como comentarista econômico e atraiu uma base de apoio principalmente entre os jovens, criticando a “casta” de políticas tradicionais. Apesar de alianças com a direita tradicional, seu discurso antissistema colocou no centro das comparações com figuras como Donald Trump e Jair Bolsonaro.
Milei se define como libertário e anarcocapitalista, defendendo ideias controversas como a comercialização de órgãos e a venda irrestrita de armas. Durante a campanha, chegou a criticar o papa Francisco, rotulando-o como comunista.
Em relação ao cenário internacional, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou a condução das eleições argentinas, desejando sucesso ao novo governo. Lula destacou a importância do relacionamento Brasil-Argentina, afirmando a disposição do Brasil em colaborar com o país vizinho.

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