Um avanço promissor foi anunciado pelas empresas Moderna e MSD. Uma vacina experimental baseada em RNA mensageiro (mRNA) mostrou uma redução significativa no risco de metástase do câncer de pele mais letal em um teste intermediário, em comparação com o tratamento apenas com imunoterapia.
Os resultados, apresentados na Sociedade Americana de Oncologia Clínica, reforçam descobertas anteriores que demonstraram que a vacina de mRNA personalizada, administrada em combinação com o medicamento Keytruda da MSD, reduziu consideravelmente o risco de morte ou recorrência de melanoma em comparação com o uso isolado do Keytruda.
Essas descobertas são encorajadoras e ampliam as evidências de que a tecnologia de mRNA, conhecida por seu destaque durante a pandemia de Covid-19, pode ser aplicada no desenvolvimento de vacinas personalizadas que treinam o sistema imunológico a combater células cancerígenas específicas nos tumores de cada paciente.
Há décadas, os cientistas têm buscado o desenvolvimento de vacinas para tratar o câncer, mas com resultados limitados. No entanto, as vacinas de mRNA, que podem ser produzidas em um curto período de tempo, combinadas com drogas imunológicas potencializadoras, estão abrindo caminho para uma nova geração de terapias contra o câncer.
A esperança é que essa abordagem represente um novo paradigma de tratamento, mais bem tolerado e adaptado individualmente para os tumores de cada paciente. A Dra. Jane Healy, responsável pelo desenvolvimento de tratamentos para câncer precoce na MSD, expressou otimismo com relação a essa possibilidade.
A colaboração entre MSD e Moderna é uma das diversas combinações de poderosas drogas que estimulam o sistema imunológico a combater o câncer, utilizando a tecnologia de vacina mRNA. Outras empresas, como a BioNTech (parceira da Pfizer na vacina contra a Covid-19) e a Gritstone Bio, também estão adotando abordagens semelhantes com o uso de mRNA.

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