O ex-presidente brasileiro continuará à frente do Novo Banco de Desenvolvimento por mais cinco anos, consolidando a liderança em instituição financeira internacional.
A ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, foi reeleita para um segundo mandato de cinco anos como presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como Banco do BRICS. A decisão foi anunciada neste domingo (23) durante a reunião anual do Fórum de Desenvolvimento da China, em Pequim.
Dilma assumiu a presidência do NBD em abril de 2023, sucedendo Marcos Troyjo. Seu primeiro mandato estava previsto para encerrar em julho deste ano.
A reeleição contou com o aval do presidente russo, Vladimir Putin, cujo paístinha o direito de indicar o próximo líder da instituição neste ciclo. Putin optou por apoiar a continuidade de Dilma, considerando que as avaliações impostas internacionalmente à Rússia poderiam dificultar a atuação de um representante russo no comando do banco.
O Novo Banco de Desenvolvimento foi implementado em 2015 pelos países membros do BRICS — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — com o objetivo de financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países em desenvolvimento. Diferentemente de outras instituições financeiras internacionais, o NBD busca oferecer financiamento sem as condicionalidades típicas, promovendo uma alternativa para as economias emergentes.
Durante sua gestão, Dilma Rousseff enfatizou a importância da cooperação entre os países do BRICS e trabalhou para fortalecer os laços econômicos, especialmente entre Brasil e China. Um dos projetos destacados da ferrovia transoceânica, visa reduzir os custos de exportação e ampliar o comércio entre os dois países.
A reeleição de Dilma é vista como um gesto estratégico tanto para o Brasil quanto para a Rússia. Para o Brasil, representa a continuidade de uma liderança nacional em uma instituição financeira de relevância global. Para a Rússia, permite postergar a sua indicação para a presidência do banco para um momento mais oportuno, quando as avaliações internacionais forem possivelmente alteradas.
A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, parabenizou Dilma pela recondução ao cargo, destacando o papel significativo que o NBD tem desempenhado sob sua liderança no desenvolvimento dos países membros.
Com a renovação de seu mandato, espera-se que Dilma Rousseff continue a promover iniciativas que fortaleçam a cooperação entre os países do BRICS e ampliem o impacto do NBD no financiamento de projetos que impulsionem o desenvolvimento sustentável nas economias emergentes.