Olá, leitora PLENA! Hoje quero conversar com você sobre algo que vai muito além da estética ou das mudanças que a gente vê no espelho. Quero falar sobre aquela beleza que vem de dentro, que cresce com a maturidade e que, às vezes, precisa ser resgatada quando os anos passam e as cobranças externas tentam nos fazer sentir invisíveis.
Se você já se olhou no espelho e se perguntou onde foi parar aquela mulher vibrante de antes, se já sentiu que sua voz não tem mais o mesmo impacto ou que o brilho nos olhos precisa de um novo motivo para reluzir, saiba que você não está sozinha. E, mais importante ainda: você não precisa aceitar isso como um destino inevitável.
Comecei a escrever este artigo há uns dois meses, mas decidi dar uma pausa para ler Os Seis Pilares da Autoestima, de Nathaniel Branden, antes de finalizá-lo. Um amigo me indicou o livro dizendo que ele combinava muito com o tema deste texto. E não é que ele tinha razão? Branden explica que a autoestima não é um luxo ou um detalhe sem importância. Pelo contrário! Ela é a base da nossa relação com o mundo e com nós mesmas. Ter confiança significa acreditar na nossa capacidade de enfrentar os desafios da vida e sentir que merecemos ser felizes. Mas como fortalecer essa base depois dos 40, quando tantas mudanças acontecem dentro e fora da gente?
A resposta está na forma como nos tratamos, como escolhemos nos enxergar e nos permitir evoluir. Não se trata de resgatar a mulher que fomos, mas de abraçar a mulher incrível que estamos nos tornando. E isso envolve hábitos diários que reforçam nossa autoconfiança e nos ajudam a nos olhar com mais amor e gentileza. Não precisamos nos encaixar em uma versão antiga de nós mesmas para nos sentir inteiras.
A maturidade e a percepção da beleza
Desde pequenas, aprendemos a enxergar a beleza de forma superficial, quase como se houvesse um padrão universal de certo e errado. Mas, com o tempo, fui entendendo que a verdadeira beleza não tem a ver só com a aparência – ela está na forma como nos sentimos na nossa própria pele, na confiança que cultivamos e no respeito que desenvolvemos por nós mesmas. A maturidade me trouxe uma nova visão: mais do que seguir padrões, quero construir um conceito próprio de bem-estar, algo que faça sentido para mim.
Por muito tempo, minha autoestima esteve ligada à minha aparência. Se engordava um pouco, me sentia mal. Se encontrava um fio branco, já ficava chateada. Mas, com o passar dos anos, meu olhar sobre mim mesma se tornou mais generoso. Isso não quer dizer que deixei de me cuidar – longe disso! Continuo me preocupando com meu bem-estar físico, mas hoje, mais do que buscar um ideal estético, meu foco é a saúde e o carinho comigo mesma. Pinto meus fios brancos hoje, mas talvez um dia os assuma completamente. O mais importante é que, agora, essa escolha é minha.
O processo de simplesmente deixar as coisas fluírem nem sempre é fácil. A gente passa tanto tempo cuidando dos outros que, sem perceber, vai se deixando para depois. E foi aí que percebi que precisava me resgatar. Aos poucos, voltei a me permitir pequenos prazeres – um deles foi dançar. Em casa, numa aula, numa festa… Ah, como eu amo dançar! E, sem que eu percebesse de imediato, minha autoconfiança começou a voltar.
No livro que mencionei, Branden descreve a autoestima como a soma de duas forças essenciais: a confiança na nossa capacidade de enfrentar a vida e a sensação de que merecemos ser felizes. Ele nos lembra que a autoestima não é fixa, mas um reflexo de como nos tratamos diariamente. Entre os pilares que fortalecem essa base, a autoaceitação é fundamental. E, por experiência própria, posso dizer: quando paramos de nos comparar e começamos a nos acolher de verdade, algo muda dentro da gente. Passamos a nos enxergar com mais gentileza, e a autoconfiança vem naturalmente.
Pequenas ações para fortalecer a autoestima
Nem todo dia me olho no espelho e gosto do que vejo. Aposto que você também passa por isso. Mas fui aprendendo a me olhar com mais amor, compaixão e respeito pela minha trajetória. A autoestima é construída no dia a dia, com pequenas escolhas e atitudes. E, nessa caminhada, fui colecionando algumas práticas que me ajudaram (e ainda ajudam!). Mas sei que há muitas outras formas de fortalecer a autoestima com leveza, e quero continuar aprendendo com você também! Aqui estão algumas práticas que me ajudaram nesse processo:
1. Conexão com outras pessoas
Nosso bem-estar emocional está diretamente ligado às conexões que cultivamos. Criar espaços de troca com amigas, familiares ou colegas com interesses parecidos pode ser transformador. Segundo Branden, a assertividade é um dos pilares da autoestima, e exercitá-la em relações saudáveis fortalece nossa confiança e autenticidade. Cerque-se de quem te faz bem!
2. Estabeleça metas realistas
A autorresponsabilidade também é um pilar essencial da autoestima. Isso significa assumir a liderança da nossa própria vida, definindo metas que façam sentido para nós. Pequenos objetivos diários nos ajudam a manter o foco e evitar aquela sensação de estagnação. E olha… eu sou aquariana, me distraio fácil! Já perdi a conta de quantas vezes comecei algo super empolgada e, de repente, já estava pensando em outra coisa. Por isso, estabelecer metas e anotar tudo virou essencial para mim. Despertadores? Tenho vários durante o dia. Lembretes no celular? Incontáveis! O importante é encontrar um jeito de manter o foco e não deixar nossos sonhos se perderem pelo caminho.
3. Movimento com prazer
Manter-se ativa é essencial para o corpo e para a mente. Mais do que seguir modismos, o importante é encontrar atividades que tragam prazer. Caminhadas, aulas de dança ou até alongamentos em casa podem fazer uma grande diferença no nosso bem-estar.
Eu sempre tentei me manter ativa. Mas não vou mentir: houve períodos (longos!) em que me distanciei completamente de qualquer tipo de atividade física. E nos últimos anos, meu corpo começou a me dar sinais de que esse tempo afastada estava cobrando seu preço. A gente cresce achando que aquela energia e disposição de sempre nunca vão mudar… até que mudam! Na dúvida? Tente se reconectar com o movimento de forma leve e prazerosa. As cobranças existem, mas elas devem ser de nós, para nós mesmas. E seja esperta, não dispense uma boa dica, um incentivo, uma ajuda para perceber qualquer coisa que possa melhorar essa visão de quem você é. O segredo? Encarar o movimento como um cuidado, não uma obrigação.
4. Cuide da sua imagem sem pressão
A relação com a própria imagem muda com o tempo. O importante é buscar o que faz sentido para você: um corte de cabelo, uma roupa que valorize sua identidade, um ritual de autocuidado. Depois dos 40, a gente ama praticidade, né? Cuidar da aparência não precisa ser complicado. Pequenos gestos diários podem elevar a autoconfiança sem necessidade de grandes transformações. O importante é encontrar o equilíbrio entre se cuidar e se sentir bem. Descubra o que te faz sentir bem e abrace isso, sem pressão!
5. Seja gentil consigo mesma
A compaixão própria é essencial para uma autoestima saudável. Errar, mudar de opinião e ter dias difíceis fazem parte da jornada. Ao nos tratarmos com gentileza, aprendemos a confiar mais em nós mesmas e a valorizar nosso caminho.
Entender que somos seres completos, com luzes e sombras, acertos e tropeços, é libertador. Fazer terapia e vivências terapêuticas foram passos essenciais no meu processo. E cada passo nessa jornada me fez enxergar que ser plena não é sobre ser perfeita, mas sobre nos permitir ser quem realmente somos, com toda a nossa beleza e maturidade!
Envelhecimento emocional positivo
Envelhecer de forma positiva, emocionalmente, é um processo de aprendizado constante. A maturidade nos traz a chance de enxergar a vida com mais leveza, entender que nem tudo precisa ser uma batalha e que podemos escolher nossas lutas. Não deixamos de ter desafios ou momentos difíceis, mas aprender a lidar com eles de maneira mais sábia e gentil conosco mesmos.
O amadurecimento pode ser uma fase poderosa de redescoberta e fortalecimento. À medida que ganhamos experiência, aprendemos a escolher nossas batalhas, priorizar nosso bem-estar e valorizar o que realmente importa.
A autoestima e a autoconfiança não são construídas da noite para o dia, mas sim fortalecidas a cada pequena ação que tomamos em nosso favor. Quero consolidar este bate-papo reforçando algo muito importante: não estou aqui dizendo que tenho tudo resolvido. Pelo contrário! Vivo conflitos, inseguranças e vários momentos de dúvida. Mas acredito que podemos resgatar nossa força e beleza interior.
Espero que este espaço continue sendo um ponto de encontro para trocarmos experiências e aprendermos umas com as outras.
Com carinho,
Aline Ribeiro.
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