Nos últimos dias, as redes sociais foram tomadas por uma nova tendência: usuários utilizando o ChatGPT, ferramenta de inteligência artificial desenvolvida pela OpenAI, para criar tirinhas inspiradas nos clássicos quadrinhos da Turma da Mônica. Essas criações geraram uma onda de reações, desde humor e diversão até discussões sobre ética e direitos autorais.
A Nova Onda de Criações com IA
A facilidade de acesso a ferramentas de inteligência artificial tem permitido que usuários comuns experimentem a criação de conteúdos que antes exigiam habilidades específicas. No caso das tirinhas da Turma da Mônica, o processo é relativamente simples:
- Acessar o site do ChatGPT;
- Fazer login ou criar uma conta na plataforma;
- Inserir comandos como “crie a imagem de uma tirinha inspirada nos quadrinhos da Turma da Mônica”;
- Para temas ou diálogos específicos, detalhar o comando conforme desejado.
Essa simplicidade resultou em uma proliferação de tirinhas nas redes, com variados níveis de coerência e qualidade. Muitas dessas criações apresentam diálogos absurdos e ilustrações que fogem do padrão original, o que, paradoxalmente, contribuiu para seu apelo humorístico e viralização.
Repercussão e Debates nas Redes Sociais
A reação do público foi mista. Enquanto alguns usuários se divertiram com as tirinhas e os erros de continuidade cometidos pelo ChatGPT, outros apontaram como o uso de IA para imitar estilos já consolidados de obras famosas pode ser considerado antiético e até uma possível violação de direitos autorais.
Além disso, surgiu uma confusão acerca do estado de saúde de Mauricio de Sousa. Comentários irônicos sugerindo que o criador estaria “se revirando no túmulo” levaram alguns internautas a acreditar, erroneamente, que ele havia falecido. Esclarecemos que Mauricio de Sousa está vivo e continua ativo em suas atividades.
Posicionamento da OpenAI e Implicações Éticas
Questionada sobre a polêmica, a OpenAI, responsável pelo ChatGPT, reconheceu que sua ferramenta é tecnicamente capaz de produzir conteúdos nesse formato, mas ressaltou que não possui intenção, consciência ou compreensão artística. A empresa enfatizou que o uso de personagens identificáveis sem autorização levanta questões éticas e legais que devem ser avaliadas pelos usuários.
A popularização das tirinhas da Turma da Mônica geradas por inteligência artificial evidencia o potencial criativo dessas ferramentas, mas também ressalta a necessidade de discussões sobre os limites éticos e legais de seu uso. Enquanto a tecnologia avança, é fundamental que criadores e consumidores de conteúdo estejam atentos às implicações de suas criações, especialmente quando envolvem propriedades intelectuais estabelecidas.

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