Joy Milne, escocesa de 75 anos, possui a rara habilidade de identificar doenças pelo cheiro e colabora com cientistas no desenvolvimento de testes para diagnóstico antecipado do Parkinson.
A escocesa Joy Milne, de 75 anos, enfermeira aposentada, descobriu possuir uma habilidade incomum: detectar doenças pelo olfato. Essa capacidade extraordinária permitiu-lhe perceber alterações no odor corporal de seu marido, Les, 17 anos antes de ele ser diagnosticado com Parkinson. Desde então, Joy tem colaborado com pesquisadores na criação de métodos para identificar precocemente a doença.
A Descoberta do Olfato Diagnóstico
A percepção olfativa de Joy foi notada inicialmente quando ela detectou uma mudança no cheiro natural de seu marido. Anos mais tarde, essa observação revelou-se um indicativo precoce do Parkinson. Intrigada, Joy buscou compreender essa habilidade e passou a colaborar com cientistas, incluindo a professora Perdita Barran, da Universidade de Manchester.
Colaboração Científica e Avanços na Pesquisa
Em parceria com a Universidade de Manchester e com financiamento da Fundação Michael J. Fox para Pesquisa de Parkinson, Joy participou de estudos que confirmaram sua capacidade de identificar o Parkinson pelo cheiro. Em testes, ela conseguiu distinguir camisetas de pacientes com a doença com alta precisão, inclusive identificando casos que seriam diagnosticados anos depois.
Implicações para o Diagnóstico Precoce
Os pesquisadores acreditam que pessoas com Parkinson exalam uma secreção oleosa distinta pela pele, o que pode ser detectado por indivíduos com olfato sensível. Essa descoberta abre caminho para o desenvolvimento de testes simples e não invasivos, como a análise de amostras da pele, para diagnosticar a doença em estágios iniciais.
Olfato e Outras Doenças
Além do Parkinson, Joy relatou ser capaz de identificar outras doenças, como diabetes e tuberculose, pelo cheiro. Sua experiência como enfermeira reforça a importância do olfato na detecção de condições médicas, destacando o potencial dessa habilidade na prática clínica.
A contribuição de Joy Milne para a ciência exemplifica como habilidades humanas únicas podem impulsionar avanços médicos significativos. Sua colaboração com pesquisadores oferece esperança para diagnósticos mais precoces e eficazes do Parkinson, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.