Técnica milenar ganha novo fôlego com formas criativas e presença marcante em jardins modernos e ambientações sofisticadas
Muito além de uma simples técnica de poda, a topiaria é considerada uma verdadeira forma de arte viva, que consiste na modelagem de arbustos e árvores em formatos geométricos, figuras humanas, animais ou formas abstratas. Com origens que remontam à Roma Antiga, essa prática atravessou séculos e se reinventou no paisagismo contemporâneo, ganhando destaque tanto em jardins particulares quanto em grandes eventos, como casamentos e festas de luxo.
A palavra “topiaria” vem do latim topiarius, que se refere ao jardineiro paisagista encarregado de esculpir plantas ornamentais. Na antiguidade, os romanos usavam a técnica como símbolo de sofisticação e poder em seus jardins. A tradição foi retomada com força na Europa renascentista, em especial na França e na Inglaterra, quando jardins como o de Versalhes se tornaram referência mundial em design paisagístico.
No cenário atual, a topiaria conquistou um novo status, mesclando tradição e inovação. Jardineiros e paisagistas utilizam plantas como buxinhos, murta, ciprestes e até alecrim, por serem espécies resistentes à poda constante e de crescimento compacto. Com tesouras específicas e técnicas cuidadosas, as plantas são moldadas com precisão ao longo do tempo, exigindo paciência e atenção aos detalhes.
Além de embelezar jardins residenciais e espaços públicos, a topiaria vem sendo utilizada em projetos de ambientação de festas e eventos. Esculturas vegetais personalizadas — como iniciais dos noivos, animais mitológicos ou formas modernas — tornam-se pontos de destaque na decoração, agregando valor estético e sofisticação ao ambiente.
De acordo com especialistas, o cuidado com a iluminação e a escolha estratégica do local para posicionamento das esculturas são essenciais para valorizar ainda mais a arte topiária. Hoje, há também alternativas de topiaria artificial, feitas com plantas preservadas ou sintéticas, indicadas para ambientes internos ou locais com pouca luz natural.
A técnica também tem sido incentivada em espaços urbanos como forma de promover o contato com o verde e estimular a valorização da paisagem local. Em cidades como São Paulo, é possível encontrar esculturas vivas em praças e parques públicos, integrando arte e natureza de forma acessível.
A topiaria, portanto, se afirma como uma ponte entre o clássico e o contemporâneo, sendo redescoberta por uma geração de paisagistas e designers que buscam imprimir originalidade e beleza natural aos seus projetos.




fonte Vogue Casa