Com trajetória marcada por fé e serviço comunitário, Maria Milza pode se tornar a segunda santa da Bahia
O Vaticano autorizou o início do processo de beatificação de Maria Milza dos Santos Fonseca, agricultora que viveu no povoado de Alagoas, zona rural de Itaberaba, na Bahia. A decisão foi comunicada à Diocese de Ruy Barbosa, responsável pela região, após aprovação do Dicastério para as Causas dos Santos, órgão do Vaticano encarregado dos processos de canonização.
Com a autorização, Maria Milza recebe o título de “Serva de Deus”, primeiro passo no caminho para uma possível canonização. A fase diocesana do processo está marcada para iniciar em 15 de agosto de 2025, data que celebra os 102 anos de seu nascimento. Nesta etapa, será formado um tribunal eclesiástico para investigar sua vida, reunir testemunhos e verificar possíveis milagres atribuídos à sua intercessão.
Nascida em 1923, Maria Milza dedicou sua vida à fé e ao serviço comunitário. Conhecida por sua generosidade, ela distribuía alimentos, visitava doentes, alfabetizava crianças e oferecia apoio espiritual aos moradores da região. Faleceu em 1993, mas a devoção popular em torno de sua figura permanece forte.
A residência onde morava foi transformada no Memorial Maria Milza, que preserva objetos pessoais, cartas e ex-votos deixados por devotos. O local recebe peregrinos que atribuem graças à sua intercessão.
Caso o processo comprove virtudes heroicas e um milagre, Maria Milza poderá ser beatificada. Para a canonização e reconhecimento como santa, será necessária a confirmação de um segundo milagre. Se canonizada, ela se tornará a segunda santa da Bahia, após Santa Dulce dos Pobres, canonizada em 2019.
