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A ave pré-histórica Takahē, considerada extinta, retorna à natureza na Nova Zelândia

Foto: Divulgação/New Zealand Government Department of Conservation / Perfil Brasil
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Após anos de esforços de conservação, o takahē, ave colorida e incapaz de voar, começa a prosperar novamente na natureza da Nova Zelândia.

Em 2024, o mundo se encantou com uma história emocionante de resiliência e conservação: o retorno do takahē, uma ave pré-histórica, à natureza da Nova Zelândia. Considerada extinta por décadas, essa espécie, com suas penas vibrantes e peculiaridades que a tornam única, agora enfrenta uma nova chance de sobrevivência, graças a um grande projeto de recuperação ambiental iniciado em 2023.

O Começo do Retorno

O processo de reintrodução do takahē à natureza começou de forma promissora em agosto de 2023. Durante esse período, 18 exemplares foram soltos na região de Greenstone, uma área pertencente ao grupo Ngāi Tahu, uma importante organização maori da Nova Zelândia. A liberação foi um marco importante, já que a espécie havia desaparecido das florestas naturais da ilha devido à extinção local, causada principalmente pela caça predatória e pela introdução de espécies invasoras.

Pouco depois, outras 10 aves foram libertadas, marcando um importante passo para a revitalização da população. A reação da natureza foi impressionante: os takahēs não apenas se adaptaram ao novo ambiente, mas também começaram a se reproduzir, gerando filhotes. Em 2024, a população da espécie na Nova Zelândia já ultrapassa os 500 indivíduos.

O Vale Greenstone e o Sucesso da Reintrodução

O Vale Greenstone, onde os primeiros takahē foram soltos, é um local de grande importância histórica e ambiental para a espécie. Acredita-se que essa região tenha sido o habitat natural dos pássaros por séculos, o que a torna ideal para o sucesso do projeto de reintrodução. Segundo Gail Thompson, representante do Ngāi Tahu, foi emocionante observar como os takahē se adaptaram tão bem ao seu novo lar, criando filhotes saudáveis e prosperando em seu habitat. Atualmente, pelo menos sete filhotes foram confirmados, com uma taxa de sobrevivência elevada, o que indica que o Vale Greenstone oferece condições ideais para o desenvolvimento da espécie.

Desafios no Caminho: O Controle de Predadores

Embora o projeto tenha sido um sucesso até agora, um dos maiores desafios enfrentados pelos conservacionistas é o controle de predadores naturais. O takahē, incapaz de voar, é extremamente vulnerável a animais como ratos, furões e gatos selvagens, que ameaçam a sobrevivência da espécie. No Vale Greenstone, a área está sob proteção constante, mas, como destaca Gail Thompson, o período pós-inverno é particularmente vulnerável. Com a escassez de alimentos para os predadores, como os ratos, os furões e os gatos podem passar a caçar os pássaros nativos, colocando em risco a segurança dos takahē.

O Futuro do Takahē: Expansão e Sustentabilidade

O programa de recuperação do takahē não para por aqui. A próxima meta é expandir a reintrodução da espécie para outras regiões da Nova Zelândia, como o Vale Rees, para avaliar como os takahē se comportam em novos ambientes e garantir a diversidade genética da população. Além disso, o Departamento de Conservação da Nova Zelândia (DOC) continuará com as ações de monitoramento e controle de predadores para assegurar que as aves possam viver em liberdade, com a melhor chance possível de sobrevivência. A estratégia final do programa visa estabelecer várias populações selvagens de takahē, criando uma base sólida para o futuro da espécie.

A história do takahē é uma das maiores vitórias da conservação de espécies ameaçadas e um exemplo de como, com esforço contínuo e dedicação, é possível reverter os danos causados pela ação humana. O projeto na Nova Zelândia se mantém firme como um modelo de recuperação ambiental, demonstrando a importância da proteção dos habitats naturais e o impacto positivo que a preservação da biodiversidade pode ter.

Para mais informações sobre o projeto de recuperação do takahē e outras iniciativas de conservação, confira a matéria completa no portal da Revista Nova Imagem.