ComCom uma demanda crescente por representatividade, a moda vive um paradoxo em 2025: apesar dos esforços no design, a presença de modelos de tamanhos médios e plus size nas passarelas continua a diminuir.
Nos últimos anos, a indústria da moda tem se esforçado para aumentar a diversidade de corpos nas passarelas, respondendo a um público cada vez mais consciente da necessidade de representatividade. No entanto, um relatório recente da Vogue Business revelou uma queda alarmante na inclusão de modelos de tamanho médio e plus size nos desfiles de 2025. O estudo constatou que, apesar das experiências de criar coleções mais inclusivas, a presença de modelos com curvas naturais nas passarelas caiu consideravelmente.
O relatório destaca que, embora muitas marcas tenham se esforçado para oferecer roupas que atendem a uma variedade maior de silhuetas, os desfiles começam a priorizar o corpo magro como o principal ideal de beleza. Esse retrocesso é particularmente visível nas coleções de inverno de 2025, que mostrou uma diminuição significativa de modelos curvilíneos. Os especialistas apontam que, embora as roupas de tamanhos maiores tenham sido mais presentes nas vitrines, a falta de modelos que representem essa diversidade nas passarelas reforça uma exclusão implícita.
Esse cenário sugere que, apesar da crescente pressão do público e de grupos ativistas para que a moda seja mais inclusiva, a indústria ainda enfrenta resistência em abraçar uma verdadeira representação da diversidade corporal. As marcas, especialmente as externas para o luxo, parecem hesitar em abandonar um padrão de corpo tradicional, preferindo manter a estética magra que há décadas domina o setor.
Além disso, a análise revela que a diversidade de corpos nas passarelas não se limita apenas ao tamanho. O estudo também inclui a falta de representatividade de modelos negros, trans e com deficiência, o que aponta para uma exclusão ainda maior no setor.



Fonte: Vogue Moda