Iniciativa visa ampliar o acesso a serviços básicos de saúde, mas gera debates sobre limitações de cobertura
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) apresentou uma proposta para a criação de planos de saúde com mensalidades de até R$ 100, destinados a ampliar o acesso da população a serviços básicos de saúde. Esses planos, em fase de consulta pública até 4 de abril, ofereceriam cobertura para consultas eletivas em todas as especialidades médicas e exames diagnósticos, excluindo, porém, internações hospitalares, atendimentos de emergência e terapias.
O novo modelo prevê a inclusão de consultas com médicos de diversas especialidades, como clínico geral, ginecologista, pediatra, ortopedista e geriatra, além de exames como tomografias, ressonâncias magnéticas, ultrassonografias e biópsias. A ANS estima que até 50 milhões de brasileiros possam ser beneficiados com a iniciativa, contribuindo para a redução de filas e agilização de diagnósticos no Sistema Único de Saúde (SUS).
Entretanto, a proposta tem gerado debates entre especialistas e representantes do setor. Alguns argumentam que, embora os planos ofereçam acesso facilitado a consultas e exames, a ausência de cobertura para emergências e internações pode deixar os beneficiários desamparados em situações críticas. Além disso, há preocupações sobre a possível sobrecarga do SUS, caso os pacientes necessitem de atendimentos não cobertos pelos novos planos.
A consulta pública aberta pela ANS busca coleta sugestões e opiniões da sociedade para aprimorar a proposta antes de sua implementação definitiva. Os interessados podem enviar suas contribuições até dia 4 de abril, por meio do portal oficial da agência. Após esse período, as sugestões serão comprovadas e poderão ser incluídas no modelo final dos planos de saúde acessíveis.
