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Anvisa aprova novo tratamento para leucemia e linfoma e se torna pioneira no mundo

Foto: Canva Fotos / Perfil Brasil
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Medicamento inovador pode transformar o tratamento de pacientes com câncer hematológico

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se tornou a primeira autoridade reguladora do mundo a aprovar um novo tratamento para leucemia e linfoma, trazendo esperança para milhares de pacientes que enfrentam essas doenças. O medicamento pirtobrutinibe , desenvolvido para tratar leucemia linfocítica crônica (LLC) e linfoma linfocítico de pequenas células (LLPC) , representa um avanço significativo na oncologia, especialmente para pacientes que já passaram por outros tratamentos sem sucesso.

Um tratamento inovador

O pirtobrutinibe pertence à classe dos inibidores de tirosina quinase de Bruton (BTK) , porém, sua tecnologia inovadora permite uma atuação diferenciada em relação aos medicamentos já disponíveis. Embora os inibidores tradicionais de BTK sejam irreversíveis, o novo fármaco é ligado de maneira reversível e seletiva , o que reduz os efeitos colaterais e aumenta a eficácia do tratamento, principalmente em pacientes que desenvolveram resistência às terapias anteriores.

O tratamento já havia sido aprovado nos Estados Unidos pela FDA (Food and Drug Administration) sob um programa especial de uso emergencial, mas a Anvisa foi a primeira agência no mundo a conceder a autorização plena para o uso da medicação.

Impacto para os pacientes

A leucemia linfocítica crônica e o linfoma linfocítico de pequenas células são tipos de câncer hematológico de crescimento lento , mas podem se tornar resistentes aos tratamentos convencionais ao longo do tempo. O novo medicamento chega como uma alternativa crucial para pacientes que não respondem mais às terapias tradicionais, aumentando as chances de remissão da doença e proporcionando uma melhor qualidade de vida.

Especialistas apontam que a chegada do pirtobrutinibe ao Brasil representa um avanço significativo na abordagem desses tipos de câncer. Segundo a Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (SBHH) , a aprovação deste medicamento pode reduzir a necessidade de tratamentos mais agressivos, como transplantes de medula óssea, beneficiando especialmente pacientes mais idosos ou com comorbidades.

Próximos passos

Com a aprovação da Anvisa, o próximo desafio é a incorporação do medicamento no Sistema Único de Saúde (SUS) e nos planos de saúde privados, permitindo que um maior número de pacientes tenha acesso ao tratamento. O custo da medicação ainda não foi divulgado, mas especialistas esperam que sua chegada ao mercado brasileiro seja acompanhada por programas de suporte ao paciente, facilitando o acesso ao remédio.

A decisão da Anvisa reforça o papel do Brasil como protagonista na regulação de tratamentos inovadores contra o câncer, colocando o país na vanguarda da medicina oncológica e trazendo novas perspectivas para os pacientes que lutam contra leucemia e linfoma.