O Brasil conta com uma impressionante lista de 630 crianças e adolescentes reconhecidos por suas superinteligências. Esse número pode ser ainda maior, visto que estima-se que cerca de 2% da população do país apresenta habilidades profissionais, totalizando aproximadamente 4 mil indivíduos, entre adultos, adolescentes e crianças.
A Associação Mensa Brasil, representante oficial da Mensa Internacional no país e principal organização global para pessoas com alto QI, é a responsável pela avaliação. A entidade reúne relatos de crianças que realizaram cálculos complexos antes mesmo dos 5 anos, outros que demonstram domínios em línguas, física e química, e alguns que ingressaram na universidade já na adolescência.
As regiões líderes no Brasil são São Paulo, no topo com 245 superdotados, seguida pelo Rio de Janeiro com 70, e Minas Gerais com 67. No entanto, há registros em diversos outros pontos do país. Veja o ranking completo dos estados abaixo.
A Mensa Brasil enfatiza a necessidade de políticas públicas que incentivem esses talentos e identifiquem novos prodígios.
Essas 630 crianças brasileiras demonstram habilidades muito acima da mídia. A primeira criança identificada como superdotada no Brasil foi registrada pela entidade em setembro de 2006, quando tinha apenas 9 anos. Em setembro de 2011, a associação registrou outra criança ainda mais jovem, com apenas 7 anos.
Até o momento, as crianças mais jovens inscritas na Mensa Brasil têm entre 2 e 3 anos. A entidade reúne mais de 2,9 mil indivíduos superdotados.
Para integrar essa rede de associados, basta que os pais ou responsáveis enviem elogios de testes de inteligência realizados por profissionais credenciados.
De acordo com a Mensa Internacional, a média de QI do brasileiro é 83. As crianças e adolescentes identificados como superdotados deverão apresentar QI acima de 98.
A Mensa Brasil defende a implementação de um sistema nacional e estruturado de avaliação da inteligência para aulas do ensino infantil e fundamental. O presidente da entidade, Rodrigo Sauaia, destaca a necessidade de políticas públicas que aprimorem os indicadores nacionais para identificar adolescentes e crianças superdotadas.
Rodrigo Sauaia ressalta o imenso potencial intelectual do Brasil e a importância de explorá-lo. “Cerca de 2% dos habitantes do Brasil podem apresentar sinais de altas habilidades, com um QI muito acima da média. Porém, ainda não há um mapeamento abrangente destes indivíduos”, afirma.
Promover o direcionamento e o desenvolvimento desses potenciais intelectuais, garantindo atendimento e educação adequada, é um caminho viável para maximizar esse potencial no Brasil.
Aqui está o ranking nacional dos superdotados, conforme avaliação da Mensa Brasil:
- São Paulo: 245
- Rio de Janeiro: 70
- Minas Gerais: 67
- Paraná: 54
- Santa Catarina: 35
- Distrito Federal: 30
- Rio Grande do Sul: 20
- Espírito Santo: 19
- Goias: 11
- Ceará: 10
- Mato Grosso: 9
- Rio Grande do Norte: 7
- Paraíba: 7
- Maranhão: 7
- Amazonas: 5
- Pará: 5
- Rondônia: 2
- Pernambuco: 1
- Sergipe: 1
- Mato Grosso do Sul: 1
- Roraima: 1
- Tocantins: 1
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