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Cardeais brasileiros participarão da eleição do novo papa: entenda os rituais e procedimentos do conclave

Getty Images
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Com a morte do Papa Francisco, Igreja Católica inicia processo milenar para escolha do novo pontífice; cerimônia reúne 135 cardeais, incluindo dois brasileiros com direito a voto

Com o falecimento do Papa Francisco, a Igreja Católica entra em um dos períodos mais solenes e simbólicos de sua tradição: o conclave, cerimônia responsável por eleger o novo papa. O processo, que ocorre desde o século XIII praticamente sem alterações em seus rituais essenciais, será realizado na Capela Sistina, no Vaticano, e contará com a participação de 135 cardeais com menos de 80 anos — os únicos com direito a voto — vindos de diversas partes do mundo. Entre eles, dois são brasileiros: Dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, e Dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Salvador.

O que é o conclave?

O conclave é o colégio eleitoral da Igreja Católica, formado por cardeais, cuja missão é eleger o novo pontífice. A palavra “conclave” vem do latim cum clave — “com chave” — e remete ao isolamento dos cardeais eleitores, que são literalmente trancados dentro do Vaticano durante o período de votação. Eles permanecem hospedados na Casa Santa Marta e realizam as votações na Capela Sistina, onde não têm contato com o mundo exterior até que o novo papa seja escolhido.

A escolha precisa de uma maioria qualificada: são necessários dois terços dos votos para que um cardeal seja eleito papa. As sessões de votação podem ocorrer até quatro vezes por dia — duas pela manhã e duas à tarde. Após cada rodada de votação, as cédulas são queimadas em um fogão especialmente instalado na capela. A cor da fumaça que sai pela chaminé indica ao mundo o resultado do escrutínio: preta, se nenhum papa foi escolhido; branca, quando há consenso e o novo líder da Igreja Católica é oficialmente eleito.

Os brasileiros no conclave

Dom Odilo Scherer, de 74 anos, é uma figura de destaque dentro do colégio cardinalício e já foi cogitado em outros conclaves. Considerado um moderado, possui forte atuação na Cúria Romana e tem boa articulação internacional. Dom Sérgio da Rocha, de 64 anos, também é respeitado entre os cardeais por sua formação teológica e trabalho pastoral, especialmente em defesa dos pobres e dos direitos humanos. Ambos representarão o Brasil neste momento decisivo para os rumos da Igreja.

Quem são os possíveis sucessores de Francisco?

A sucessão do Papa Francisco promete ser marcada por um equilíbrio entre alas mais conservadoras e progressistas da Igreja. Entre os nomes mais citados estão:

  • Cardeal Pietro Parolin (Itália): atual Secretário de Estado do Vaticano, é um diplomata habilidoso, com forte influência nos bastidores da Igreja;
  • Cardeal Luis Antonio Tagle (Filipinas): Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, tem perfil pastoral e carismático, e é próximo do pensamento de Francisco;
  • Cardeal Robert Sarah (Guiné): conservador, defensor de posições litúrgicas tradicionais, é admirado por alas mais ortodoxas da Igreja.

Além desses, há expectativa em torno de um eventual papa africano ou asiático, o que representaria uma mudança geopolítica importante na liderança da Igreja.

Etapas após a eleição

Após a escolha, o cardeal eleito é questionado se aceita o cargo. Se responder “aceito”, é imediatamente declarado papa e pergunta-se a ele qual nome adotará. Minutos depois, o novo pontífice é apresentado ao mundo pela famosa frase anunciada do balcão central da Basílica de São Pedro: Habemus Papam (“Temos um papa”). O novo papa então concede sua primeira bênção apostólica, o Urbi et Orbi.

Com o mundo voltado para o Vaticano, a expectativa é de que o conclave de 2025 seja concluído rapidamente, embora, historicamente, não exista um prazo determinado para o fim do processo. Até lá, os católicos aguardam ansiosos pela definição do novo líder espiritual de mais de 1,3 bilhão de fiéis ao redor do mundo.