Província de Sellia, na Calábria, busca chamar atenção para a saúde pública e combater o êxodo populacional.
Numa medida que mistura humor e conscientização, a pequena cidade de Sellia, localizada na região da Calábria, na Itália, implementou um decreto inusitado que proíbe seus habitantes de adoecerem gravemente ou sofrerem acidentes. A lei, assinada pelo prefeito Davide Zicchinella, visa destacar a importância do cuidado com a saúde em uma população predominantemente idosa e promover a adesão aos serviços de saúde locais.
Uma decisão que pode parecer absurda à primeira vista é acompanhada por incentivos reais. Os moradores que realizam check-ups médicos regulares e seguem orientações de prevenção trazem benefícios, enquanto aqueles que ignoram as recomendações podem perder certos privilégios comunitários. Segundo Zicchinella, que também é médico, o decreto busca melhorar a qualidade de vida e reduzir custos com emergências médicas evitáveis.
Sellia enfrentou um grave problema de despovoamento, uma realidade comum em vilarejos italianos que sofre com o envelhecimento da população e a migração de jovens para grandes cidades. Atualmente, a cidade possui cerca de 500 habitantes, sendo que a maioria tem mais de 65 anos. Para o prefeito, promover a saúde é uma forma de preservar a comunidade e minimizar o impacto da crise populacional.
Embora polêmico, o decreto gerou debates sobre como pequenos municípios podem inovar em políticas públicas para atender às necessidades de suas comunidades. A iniciativa de Sellia reforça uma mensagem importante: a saúde preventiva é essencial, especialmente em regiões com recursos limitados.