Estudo realizado por pesquisador britânico utiliza parâmetros científicos para determinar os nomes mais agradáveis em inglês, com base na reação emocional aos sons.
O pesquisador britânico Bodo Winter, professor de linguística cognitiva da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, desenvolveu um estudo inovador que define os nomes mais bonitos do mundo a partir da sonoridade. Utilizando parâmetros científicos, Winter analisou a sonoridade de 400 nomes populares para meninos e meninas, focando especialmente em nomes usados em países de língua inglesa, como o Reino Unido e os Estados Unidos.
Metodologia do estudo: como foram escolhidos os nomes mais bonitos?
Para chegar aos nomes considerados os mais bonitos, Winter partiu de uma lista inicial de 400 nomes. Essa lista foi composta pelos 100 nomes mais populares para meninos e meninas no Reino Unido, de acordo com dados de registros nacionais, e os 100 nomes mais favoritos para meninos e meninas dos Estados Unidos, conforme a plataforma BabyCentre.
Em seguida, esses nomes foram convertidos foneticamente utilizando a ferramenta toPhonetics. Essa conversão foi necessária para analisar a sonoridade de cada nome de maneira precisa. Vale destacar que nomes que não puderam ser traduzidos foneticamente foram automaticamente excluídos do processo.
Winter então utilizou como base um estudo anterior, realizado pela Universidade de Warwick em 2018, que investigou a reação emocional de pessoas a cerca de 37 mil palavras em cinco idiomas diferentes: inglês, espanhol, holandês, alemão e polonês. O objetivo foi determinar quais sons, ou fonemas, provocam as reações mais positivas nas pessoas. Assim, nomes com fonemas que geravam mais reações positivas receberam uma pontuação mais alta.
Os resultados e os nomes vencedores
Apesar de o estudo ter se concentrado em nomes em inglês, a lista final de Winter inclui alguns nomes que são comuns também em outros idiomas, incluindo o português. Entre os nomes femininos que figuraram na lista, destacam-se “Sofia”, “Isabella” e “Maria”. Já entre os nomes masculinos, “Daniel”, “Gabriel” e “Lucas” também foram considerados cientificamente bonitos. No entanto, é importante lembrar que esses nomes foram avaliados com base em suas pronúncias no Reino Unido e nos Estados Unidos.
Limitações do estudo e considerações do pesquisador
O próprio Bodo Winter admite que seu estudo é uma “simplificação útil”, já que não considera diversos fatores que podem influenciar a percepção de um nome. Entre esses fatores, estão o sotaque do falante, o histórico familiar, as influências culturais e o gênero das pessoas envolvidas. “Tudo isso influencia como interpretamos nomes”, afirmou Winter em entrevista ao site My 1st Years. Portanto, a lista deve ser vista mais como uma curiosidade científica do que como um guia definitivo.
Lista dos nomes mais bonitos para meninos e meninas
Nomes masculinos mais bonitos:
- Matthew
- Julian
- William
- Isaiah
- Leo
- Levi
- Joseph
- Theo
- Isaac
- Samuel
- Miles
- James
- Elijah
- Luke
- Noah
- Santiago
- Owen
- Logan
- Liam
- Roman
- Ryan
- Cooper
- Jack
- Maverick
- Anthony
- Ezekial
- Carter
- Benjamin
- Lucas
- Henry
- Jacob
- Lincoln
- Mason
- Nathan
- Asher
- Jackson
- Andrew
- Cameron
- Alexander
- Theodore
- Adam
- Gabriel
- Kingston
- Daniel
- David
- Hunter
- Dylan
- Muhammad
- Sebastian
- Adrian
Nomes femininos mais bonitos:
- Sophia
- Zoe
- Everly
- Sophie
- Riley
- Ivy
- Paisley
- Willow
- Ellie
- Emily
- Evelyn
- Eva
- Elena
- Chloe
- Nova
- Penelope
- Lucy
- Lily
- Olivia
- Naomi
- Emma
- Natalie
- Sofia
- Eleanor
- Violet
- Bella
- Luna
- Ella
- Victoria
- Isabella
- Maya
- Natalia
- Amelia
- Savannah
- Charlotte
- Stella
- Hazel
- Athena
- Maria
- Autumn
- Kennedy
- Aurora
- Alice
- Aria
- Harper
- Serenity
- Nora
- Grace
- Elizabeth
- Hannah
O estudo de Bodo Winter oferece uma perspectiva interessante sobre como os sons e a fonética influenciam nossa percepção de beleza até mesmo em algo tão pessoal quanto um nome. Apesar de suas limitações, os resultados trazem à tona o quanto a sonoridade pode impactar nossas reações emocionais e percepções, revelando um lado inusitado da linguística cognitiva.
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