Revista Nova Imagem - Portal de Notícias

Nos acompanhe pelas redes sociais

Criatura pré-histórica de 99 milhões de anos é encontrada preservada em âmbar

Qiong Wu
Share on facebook
Share on twitter
Share on whatsapp
Share on linkedin
Share on email

Cientistas descobrem inseto com estrutura semelhante a plantas carnívoras, revelando novos detalhes sobre a biodiversidade do período Cretáceo.

Pesquisadores anunciaram a descoberta de uma criatura pré-histórica incomum que viveu há cerca de 99 milhões de anos. O fóssil, preservado em âmbar, apresenta características raras, incluindo um mecanismo semelhante ao de plantas carnívoras. A descoberta foi feita em Mianmar e tem intrigado cientistas pela sua complexidade anatômica e pelo possível papel ecológico que desempenhava na época dos dinossauros.

Uma espécie única no registro fóssil

A criatura pertence à família Alienopteridae, um grupo extinto de insetos que possuía características tanto de baratas quanto de louva-a-deus. O mais impressionante é que o fóssil revela um tipo de apêndice capaz de se fechar rapidamente sobre suas presas – um mecanismo muito parecido com o das plantas carnívoras, como a Dionaea muscipula (conhecida como Vênus-papa-moscas).

Segundo os pesquisadores, essa adaptação teria permitido ao inseto capturar pequenos artrópodes para alimentação, tornando-o um predador único em sua época. O estudo da estrutura dessas pinças sugere que o animal poderia se alimentar de maneira semelhante a algumas aranhas e outros invertebrados predadores, algo incomum entre os insetos conhecidos do Cretáceo.

Preservação impressionante e implicações científicas

O âmbar, uma resina fossilizada de árvores antigas, permitiu a conservação excepcional do inseto, mantendo detalhes anatômicos intactos. Isso possibilitou uma análise aprofundada da espécie, revelando informações cruciais sobre a evolução dos insetos durante o Cretáceo.

A descoberta fornece novas pistas sobre a biodiversidade daquele período e como diferentes espécies desenvolveram adaptações especializadas para sobreviver em um ambiente dominado por dinossauros e outros predadores gigantes. Além disso, reforça a importância dos fósseis preservados em âmbar como uma janela para o passado remoto da Terra.

Um mistério da evolução

Ainda não se sabe exatamente como essa criatura se encaixa na árvore evolutiva dos insetos. Sua semelhança com baratas e louva-a-deus indica uma possível ligação entre esses grupos, mas sua estrutura única levanta questões sobre o desenvolvimento de estratégias predatórias em insetos antigos.

Com o avanço das pesquisas, os cientistas esperam encontrar mais exemplares que possam ajudar a compreender melhor a evolução dos insetos e suas interações com o ambiente há milhões de anos. O estudo desse fóssil pode abrir novas perspectivas sobre como os insetos se diversificaram e se adaptaram ao longo do tempo.