Escola de samba paulistana destaca sincretismo religioso e cultural baiano no Carnaval 2025
A renomada escola de samba Mancha Verde, bicampeã do Carnaval de São Paulo, anunciou que seu enredo para 2025 será “Bahia, da Fé ao Profano”, inspirado na série documental homônima dirigida pelo cineasta baiano Gastão Netto. A produção, exibida na TV Futura e disponível em plataformas como o Globoplay, explora a dualidade entre o sagrado e o profano nos populares da Bahia, evidenciando o sincretismo religioso e a riqueza cultural do estado.
Uma série documental mergulha em celebrações emblemáticas como a Festa de Iemanjá, a Lavagem do Bonfim, a Festa do Bom Jesus dos Navegantes e a Festa de Santa Bárbara, em Salvador, além da Festa da Boa Morte, em Cachoeira, e a Festa de São Bartolomeu, em Maragogipe. Por meio de depoimentos de moradores, turistas, historiadores e religiosos, a obra reforça a importância da preservação das tradições que moldam a identidade cultural brasileira.
Ao tomar conhecimento da série, a diretoria da Mancha Verde entrou em contato com Gastão Netto, que autorizou a utilização do título e do conteúdo como base para o enredo de 2025. “Quando recebi a ligação, fiquei surpreso e feliz. Afinal, a Mancha Verde é uma das grandes potências do Carnaval de São Paulo, e ver a história contada na série ganhar essa dimensão na avenida é um reconhecimento imenso ao trabalho de toda a equipe e, principalmente, à cultura popular baiana”, declarou Netto.
A escola promete transporte público do Sambódromo do Anhembi para a Bahia, destacando elementos como o sincretismo religioso, as festas populares e a diversidade cultural do estado. A rainha de bateria, Viviane Araújo, já participou de ensaios técnicos ostentando figurinhas adornadas com fitas do Senhor do Bonfim, simbolizando a conexão com o tema.
Com este enredo, a Mancha Verde busca não apenas celebra as tradições baianas, mas também enfatiza a importância da fé e da cultura popular na formação da identidade nacional. O desfile promete ser um tributo vibrante à Bahia, evidenciando a harmonia entre o sagrado e o profano que caracteriza as celebrações do estado.