Após períodos de alta nos preços, fatores como recuperação de safra, isenção de impostos e políticas governamentais apontam para uma possível redução nos valores do azeite nos supermercados brasileiros.
O mercado de azeite no Brasil, que enfrentou aumentos significativos nos últimos anos, começa a apresentar sinais de alívio para os consumidores. Diversos fatores contribuem para essa tendência, incluindo a recuperação das safras de azeitona, políticas governamentais de isenção de impostos e a liberação de alíquotas de importação.
Fatores Contribuintes para a Queda nos Preços
Em 2024, o preço do azeite ao consumidor brasileiro registrou aumentos de 30% a 50%, impulsionados por condições climáticas adversas nas principais regiões produtoras e pela valorização do dólar. No entanto, a safra de 2025 trouxe uma recuperação significativa. Países como Espanha, Grécia, Turquia e Tunísia, responsáveis por grande parte da produção mundial, apresentaram colheitas abundantes, elevando a produção global de azeite para aproximadamente 3,1 milhões de toneladas, um aumento de 23% em relação ao ano anterior.
Além disso, o Governo Federal adotou medidas para reduzir os custos dos produtos essenciais. Uma dessas ações foi a isenção de impostos de importação sobre itens como azeite de oliva, carne, café, milho, açúcar, massas, biscoitos e óleo de girassol. Essa política visa diminuir o custo desses produtos para o consumidor brasileiro.
Impacto nos Preços ao Consumidor
Essas mudanças refletem diretamente nos preços praticados nos supermercados. Por exemplo, na cidade do Rio de Janeiro, observou-se uma redução nos preços de marcas populares de azeite. O azeite Andorinha, embalagem de 500ml, passou de R$ 47,90 para R$ 35,80; o Gallo reduziu de R$ 49,90 para R$ 42,90; e o Quinta do Arieiro, de R$ 42,50 para R$ 34,99.
Perspectivas para o Mercado de Azeite no Brasil
Com a continuidade da recuperação das safras e a manutenção das políticas governamentais de incentivo, espera-se que os preços do azeite no Brasil permaneçam em trajetória de queda. Especialistas projetam uma redução adicional de 20% nos preços ao longo de 2025, tornando o produto mais acessível aos consumidores e contribuindo para a estabilidade do mercado interno.