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Feriado da Consciência Negra será nacional pela primeira vez em 2024: A luta contra o racismo e a valorização da história

crédito: Reprodução/Freepik
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O Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra será feriado em todo o Brasil, pela primeira vez, em 2024, no próximo dia 20 de novembro, uma quarta-feira. A data é um marco importante na luta contra o racismo e na valorização da história dos povos negros no Brasil, destacando a necessidade de reflexão, reparação histórica e respeito à diversidade.

A importância da data e a luta contra o racismo

O Dia da Consciência Negra é celebrado anualmente em 20 de novembro, em homenagem à resistência contra a escravidão e à memória de Zumbi dos Palmares, um dos maiores líderes da luta pela liberdade dos negros escravizados no Brasil. Este feriado, que antes era comemorado em algumas cidades e estados, passa a ter caráter nacional com a sanção da Lei 14.759/23, promulgada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em dezembro de 2023.

O Brasil tem uma história marcada pela escravidão, que durou quase quatro séculos e esteve diretamente ligada à economia do país. Durante esse período, pessoas negras foram forçadas a trabalhar nas mais diversas atividades, como na extração de ouro, na produção de café, na criação de gado e na plantação de cana-de-açúcar, sem direitos ou liberdade. Ao longo desse período, a população negra sofreu inúmeros abusos, cujas consequências ainda reverberam na sociedade brasileira atual.

Zumbi dos Palmares: um ícone da resistência negra

Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, tornou-se um símbolo de resistência e luta pela liberdade dos negros no Brasil colonial. O Quilombo, que reunia milhares de escravizados fugitivos, foi um dos maiores focos de resistência à escravidão no país. Zumbi lutou para garantir a liberdade do povo negro e o fim da opressão, mas foi morto em combate em 1695. Seu legado perdura até os dias de hoje, sendo uma inspiração para a luta pela liberdade e igualdade racial.

A decisão de tornar o Dia da Consciência Negra um feriado nacional reforça a importância de debater o racismo estrutural, o respeito aos direitos dos povos negros e a valorização da cultura afro-brasileira. A data traz à tona a necessidade de educar as novas gerações sobre a história da escravidão e suas consequências, como forma de combater a intolerância e promover a inclusão social.

Histórico do Dia da Consciência Negra e a educação como ferramenta de mudança

A proposta de instituir o Dia da Consciência Negra como feriado nacional surgiu nas décadas de 1970, com manifestações que visavam destacar a luta contra o racismo e a valorização da cultura afro-brasileira. Durante esse período, foi criada a Lei 10.639/03, que obrigou as escolas a incluírem o ensino de história e cultura afro-brasileira em sua grade curricular. Em 2011, o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra foi oficialmente instituído, mas apenas algumas cidades e estados, como Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo, tinham o dia como feriado.

Com a sanção da Lei 14.759/23, a data agora é oficialmente reconhecida em todo o território nacional, sendo comemorada em escolas, bancos, empresas e órgãos públicos. Os serviços essenciais, como saúde e segurança, continuarão funcionando 24 horas, conforme as normas estabelecidas pela Agência Senado e a RWTV.

Avanços e desafios na luta contra o racismo

A implementação do feriado nacional é uma importante conquista no processo de reparação histórica e no reconhecimento das lutas dos povos negros no Brasil. No entanto, a data também traz à tona os desafios ainda presentes na sociedade brasileira, como a persistência das desigualdades raciais e o combate à intolerância racial. O feriado deve ser uma oportunidade de reflexão e ação para que o país avance na construção de uma sociedade mais justa e igualitária, sem discriminação de qualquer tipo.

O Dia da Consciência Negra é, portanto, um momento para celebrar a resistência, a cultura e as conquistas da população negra, além de ser um chamado à ação para erradicar o racismo em todas as suas formas. A luta pela igualdade e a justiça social continua, e a memória de Zumbi dos Palmares se mantém viva como símbolo de resistência e liberdade.