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Fungo Negro de Chernobyl: Organismo que Converte Radiação em Energia Surpreende Cientistas

Foto: Medmyco via Wikimedia
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Descoberta de fungo melanizado abre novas perspectivas para biotecnologia e exploração espacial

Desde o acidente nuclear de 1986, a zona de exclusão de Chernobyl tem sido um ambiente inóspito para a maioria das formas de vida. No entanto, pesquisadores identificaram a presença de fungos negros, como o Cladosporium sphaerospermum, que não apenas sobrevivem, mas prosperam nesse ambiente radioativo. Esses fungos possuem melanina, pigmento que lhes permite absorver radiação e convertê-la em energia química, em um processo análogo à fotossíntese.

Estudos conduzidos ao longo de 17 anos revelaram que esses fungos crescem mais rapidamente quando expostos a níveis elevados de radiação, demonstrando uma adaptação única. A descoberta sugere que tais organismos poderiam atuar como “aspiradores” naturais em áreas contaminadas, como Chernobyl e Fukushima, auxiliando na bioremediação desses locais.

Além disso, experimentos realizados na Estação Espacial Internacional indicam que esses fungos podem absorver radiação cósmica, oferecendo potencial para proteger astronautas em missões de longa duração. A resistência e adaptabilidade desses fungos abrem caminho para aplicações inovadoras na exploração espacial e no desenvolvimento de materiais resistentes à radiação.