Pedro Henrique Severino, de 19 anos, apresenta recuperação surpreendente após grave acidente de trânsito.
O atacante da equipe sub-20 do Red Bull Bragantino, Pedro Henrique Severino, de 19 anos, recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Unimed Ribeirão Preto na última segunda-feira (24). O jovem atleta foi transferido para um quarto comum após apresentar melhorias significativas em seu quadro clínico, respirando espontaneamente e sem a necessidade de ventilação mecânica.
O Acidente e as Primeiras Intervenções
Em 4 de março, Pedro Severino e seu colega de equipe, Pedro Castro, sofreram um grave acidente na Rodovia Anhanguera, em Americana, interior de São Paulo. O veículo em que estava colidiu com uma carreta após o motorista, que conduzia o carro, ter adornado ao volante. Pedro Castro sofreu ferimentos leves e recebeu alta pouco depois, enquanto Pedro Severino foi encaminhado ao Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi com traumatismo craniano grave, necessitando de cirurgia de emergência.
Interrupção do Protocolo de Morte Encefálica
Durante a internação, os médicos iniciaram o protocolo para diagnosticar morte encefálica em Pedro Severino. Contudo, o procedimento foi interrompido quando o paciente apresentou um reflexo de tosse, diminuindo a atividade no tronco encefálico. O neurocirurgião Guilherme Lepski esclareceu que a presença desse reflexo demonstra funcionamento cerebral, o que inviabiliza a confirmação de morte encefálica.
Recuperação e Estado Atual
Após 19 dias de cuidados intensivos, Pedro foi transferido da UTI para um quarto comum. Embora seu quadro clínico seja estável, a equipe médica ressalta que o estado neurológico ainda requer atenção e continuidade da internação hospitalar. A família do jogador expressou gratidão pelo apoio recebido e classificou a recuperação como um “milagre”.
Considerações Médicas sobre Morte Encefálica
Especialistas destacam que a morte encefálica é um diagnóstico definitivo e irreversível. O caso de Pedro Severino exemplifica a importância de protocolos rigorosos para evitar diagnósticos equivocados. A interrupção do protocolo após a detecção de reflexos ativos é uma medida que garante a precisão no diagnóstico.