A equipe de corrida McLaren Racing está comprometida em zerar suas emissões líquidas até 2040 e anunciou recentemente a aquisição de créditos de carbono de projetos no Brasil, Reino Unido e Estados Unidos como parte desse objetivo. Uma das parcerias envolve a compra de créditos de carbono de uma startup brasileira que está envolvida no reflorestamento de áreas degradadas na Amazônia.
A McLaren, conhecida por competir na Fórmula 1 e na Fórmula Indy, está focada não apenas em reduzir as emissões provenientes das corridas, mas também em outras atividades, como viagens aéreas, considerando que a Fórmula 1 terá 24 corridas em 22 países diferentes no próximo ano.
Uma das iniciativas da McLaren é adquirir créditos de carbono da startup brasileira Mombak, que trabalha no reflorestamento de terras degradadas na Amazônia. Além disso, a empresa escocesa UNDO, que remove CO2 da atmosfera por meio do aumento do desgaste das rochas, também está envolvida no programa de créditos de carbono.
A equipe não revelou os valores do investimento, mas está trabalhando para reduzir suas emissões em 90% até 2040, reservando 10% para iniciativas de compensação de carbono. Kim Wilson, diretora de sustentabilidade da equipe, ressaltou a importância de reduzir as emissões em todas as operações e na cadeia de suprimentos, mas enfatizou que é necessário lidar também com o carbono existente na atmosfera.
A parceria com a Mombak destaca um novo cenário no mercado de créditos de carbono, com preços médios acima de US$ 50 por tonelada métrica, superando a média do mercado tradicional. Essa ação pode impactar positivamente o setor emergente de remoção de carbono no Brasil.
Apesar disso, os críticos alertam que os mercados de compensação de carbono permitem que os emissores continuem a libertar gases do efeito estufa. A busca por soluções mais eficazes e o apoio a iniciativas como a McLaren podem influenciar a maneira como o mundo enfrenta a compensação de carbono e a mitigação das mudanças climáticas.
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