Medida visando melhorar o ambiente educacional e promover o uso consciente da tecnologia
O Ministério da Educação (MEC) divulgou recentemente orientações elaboradas para a aplicação da lei que restringe o uso de celulares e outros dispositivos eletrônicos em instituições de ensino público e privado de educação básica em todo o país. A legislação, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 13 de janeiro de 2025, tem como objetivo principal proteger a saúde mental, física e psíquica dos estudantes, além de melhorar a qualidade do ensino.
De acordo com as novas diretrizes, a separação abrange o uso de aparelhos eletrônicos durante as aulas, recreios e intervalos. No entanto, há propostas previstas:
- Atividades pedagógicas : O uso de dispositivos eletrônicos é permitido quando integrado às atividades educacionais planejadas pelos professores, através do processo de ensino-aprendizagem.
- Necessidades especiais : Estudantes com deficiência que dependem de tecnologia assistiva para sua inclusão e participação plena nas atividades escolares estão autorizados a utilizar os aparelhos conforme necessário.
- Situações de emergência : Em casos especiais que exigem comunicação urgente, o uso de dispositivos poderá ser autorizado.
O MEC enfatiza que a regulamentação da isenção não deve ocorrer “a qualquer custo”. As escolas são incentivadas a promover debates com a comunidade escolar, incluindo pais, alunos e educadores, para definir as melhores estratégias de aplicação da lei, garantindo que a medida seja educativa e não punitiva.
Para auxiliar na adaptação às novas regras, o MEC lançou duas orientações: uma direcionada às escolas e outra às redes de educação. Esses materiais oferecem orientações sobre o uso consciente de celulares no ambiente escolar, destacando a importância de equilibrar a restrição com o incentivo ao uso responsável da tecnologia.
A decisão de restringir o uso de celulares nas escolas foi motivada por preocupações com a distração dos alunos, a diminuição da interação social e os impactos negativos na aprendizagem. Estudos indicam que o uso excessivo de dispositivos eletrônicos pode prejudicar o desempenho acadêmico e afetar o desenvolvimento social de crianças e adolescentes.
A lei já está em vigor neste ano letivo, abrangendo todas as etapas da educação básica, desde a educação infantil até o ensino médio. As instituições de ensino têm a responsabilidade de adaptar seus regimentos internos para atender às novas diretrizes, sempre considerando as particularidades de suas comunidades escolares.
Especialistas em educação ressaltam que, embora a medida que busque melhorar o foco dos alunos e a qualidade do ensino, é fundamental que as escolas ofereçam alternativas que integrem a tecnologia de forma construtiva no processo educacional. A decisão total pode não ser a solução mais eficaz se não for acompanhada de estratégias que promovam o uso crítico e responsável dos dispositivos eletrônicos.
O MEC continuará monitorando a implementação da lei e está aberto ao diálogo com as redes de ensino para realizar os ajustes necessários, garantindo que a medida contribua positivamente para o ambiente educacional brasileiro.