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Ouro de lixo eletrônico transformado em jóias e moedas no Reino Unido

Foto: Royal Mint.
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Nova fábrica no País de Gales promete revolucionar a recuperação de metais preciosos

Uma nova fábrica inaugurada em Llantrisant, País de Gales, está inovando ao extrair ouro de lixo eletrônico e transformá-lo em moedas e joias. A Royal Mint, tradicional fabricante das moedas britânicas, agora se posiciona na vanguarda da reciclagem de metais preciosos com sua nova instalação, que tem a capacidade de processar até 4 mil toneladas de placas de circuito impresso (PCBs) de lixo eletrônico anualmente. A técnica utilizada, patenteada no Canadá, é altamente eficiente em termos de energia e custo.

O processo de recuperação de ouro consiste em dois métodos principais. Primeiramente, as placas de circuito são submetidas a um processo de extração de metais. Todas as peças que contêm ouro são então enviadas para a nova fábrica, que ocupa uma área de 3.700 metros quadrados. Neste local, um tambor giratório, semelhante a uma máquina de lavar, utiliza uma mistura ácida especial que dissolve o metal precioso em apenas quatro minutos, uma técnica que economiza tempo e energia em comparação com métodos tradicionais.

A Royal Mint revelou que 600 celulares processados podem gerar um anel de ouro de 7,5 gramas. Além disso, o ouro recuperado será utilizado para a criação de moedas comemorativas. Este projeto não apenas proporciona uma forma sustentável de “mineração” de ouro de alta qualidade, como também transforma lixo eletrônico, como placas de TVs, laptops e celulares, em artigos de luxo.

Anne Jessopp, diretora executiva da Royal Mint, destacou o impacto positivo desta iniciativa, afirmando: “Não estamos apenas preservando metais preciosos finitos para as gerações futuras, mas também preservando o artesanato especializado pelo qual a Royal Mint é famosa, criando novos empregos e oportunidades de requalificação para nossos funcionários.”

A Royal Mint também está empenhada na padronização do ouro reciclado, trabalhando na criação do primeiro padrão da Organização Internacional de Padronização (ISO) para este tipo de metal. Este avanço permitirá ao setor progredir em práticas sustentáveis enquanto continua a oferecer peças luxuosas aos consumidores.

De acordo com a Global E-waste Monitor das Nações Unidas, a geração de lixo eletrônico aumenta em 2,6 milhões de toneladas a cada ano, sublinhando a importância de soluções inovadoras como a da Royal Mint para enfrentar este crescente desafio ambiental.

 Foto: Getty Images.