Com nomes de várias regiões do mundo, o consistório reafirma a abrangência e a universalidade da Igreja Católica
O Papa Francisco anunciou um consistório para o dia 8 de dezembro de 2024, durante o qual serão nomeados 21 novos cardeais. A cerimônia, que acontecerá na solenidade da Imaculada Conceição, reflete a visão do pontífice de uma Igreja que abraça todas as latitudes e culturas. Dos 21 nomeados, 20 são eleitores em potenciais conclaves futuros, enquanto um deles, Angelo Acerbi, aos 99 anos, não terá direito a voto.
Entre os futuros cardeais está o brasileiro Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e presidente da CNBB, que já é uma figura influente tanto no Brasil quanto na América Latina. Além de Spengler, nomes de diversas partes do mundo reforçam a representação global da Igreja, como o japonês Tarcísio Isao Kikuchi, arcebispo de Tóquio, e o filipino Pablo Virgilio Siongco David, bispo de Kalookan.
A lista dos novos cardeais também inclui representantes de países como Indonésia, Irã, Costa do Marfim, Argélia e Canadá, evidenciando o compromisso do Papa Francisco com a diversidade cultural e geográfica na liderança da Igreja. O Papa destacou que essa diversidade expressa “a universalidade da Igreja que continua a anunciar o amor misericordioso de Deus a todos os homens da terra”, reafirmando o papel das Igrejas locais em sintonia com a Sé de Pedro.
Essa será a décima cerimônia de criação de cardeais conduzida por Francisco, marcada por sua tradição de trazer lideranças de países menos centrais no cenário eclesiástico, mostrando a preocupação do pontífice em dar voz às “periferias” do mundo católico. A escolha desses novos cardeais é mais uma demonstração do desejo do Papa de tornar a Igreja cada vez mais inclusiva e atenta às realidades de diferentes regiões.
Entre os outros indicados estão figuras de destaque na Cúria Romana, como o padre Fabio Baggio, conhecido por seu trabalho com migrantes e refugiados, e Rolandas Makrickas, comissário extraordinário da Basílica de Santa Maria Maior. Essa mistura de lideranças de diferentes áreas da Igreja reflete a vontade de Francisco de fortalecer tanto a presença pastoral quanto a administrativa do Vaticano.
