Inovação permite contato pele a pele imediato entre pais e bebês, promovendo vínculo afetivo e estabilidade vital
Uma parteira britânica desenvolveu uma solução inovadora para promover o contato pele a pele entre pais e recém-nascidos durante cesarianas. Stacey Boyle, participante do Hospital St. John, em Livingston, criou o “Cozy Cuddle Scrubs”, um uniforme que permite aos pais segurarem seus bebês enquanto a equipe médica finaliza a cirurgia na mãe.
O contato pele a pele é reconhecido por regular a temperatura corporal, estabilizar o coração cardíaco e fortalecer o vínculo afetivo entre pais e filhos. Contudo, em cesarianas, esse contato imediato pode ser complicado devido às limitações da mesa cirúrgica e à posição da mãe. Boyle relatou que muitas mulheres se sentiam desconfortáveis tentando segurar seus bebês nessa situação, o que poderia ser perigoso para os recém-nascidos.
Para solucionar esse problema, Boyle desenvolveu o Cozy Cuddle Scrubs, um uniforme que permite ao pai ou acompanhante segurar o bebê de forma segura e confortável. O design utiliza uma jaqueta de lã reciclada do NHS como material de cobertura, com uma abertura de velcro segura, adaptada para uniformes cirúrgicos recém-adquiridos. Essa configuração mantém o bebê aquecido e seguro, permitindo o contato direto com o pai ou acompanhante.
O Cozy Cuddle Scrubs foi bem recebido pelas famílias no hospital. Sarah e Michael, que usaram o uniforme durante o nascimento de sua filha Ayla, contaram uma experiência positiva. Sarah destacou que Ayla se acalmou imediatamente ao ser colocada no uniforme com Michael, enquanto ele descreveu o momento como “incrivelmente mágico”, apreciando a oportunidade de estar próximo tanto da filha quanto da esposa durante todo o processo.
A inovação de Boyle representa um avanço significativo nos cuidados neonatais, facilitando o contato pele a pele imediato entre pais e bebês em cesarianas, o que pode contribuir para o desenvolvimento saudável dos recém-nascidos e fortalecer os laços familiares desde os primeiros momentos de vida.

Foto: Arquivo pessoal