Com o falecimento do pontífice, Vaticano entra em período de ‘sede vacante’ e se prepara para o conclave que elegerá o novo líder da Igreja
O Papa Francisco faleceu na manhã de segunda-feira, 21 de abril de 2025, aos 88 anos, na Casa Santa Marta, sua residência oficial no Vaticano. A morte do pontífice desencadeia uma série de procedimentos tradicionais que visam garantir uma transição ordenada na liderança da Igreja Católica.
Sede Vacante e administração interina
Com o falecimento do Papa, a Igreja entra no período conhecido como “sede vacante”, durante o qual o cargo de pontífice permanece vago. Durante esse período, o cardeal camerlengo, atualmente Kevin Farrell, assume a administração temporária do Vaticano. Suas responsabilidades incluem a confirmação oficial da morte, a destruição do Anel do Pescador e o selo papal, além da organização do funeral e do conclave que elegerá o novo Papa.
Funeral e sepultamento
O corpo do Papa Francisco será velado na Basílica de São Pedro a partir de 23 de abril, permitindo que fiéis e peregrinos prestem suas homenagens. A Missa de Exéquias, presidida pelo Cardeal Decano, ocorrerá entre o quarto e o sexto dia após o falecimento, na Praça de São Pedro. Em conformidade com seu desejo de simplicidade, Francisco será sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, tornando-se o primeiro pontífice a ser enterrado fora do Vaticano desde Leão XIII, em 1903.
Conclave e eleição do novo Papa
Após o funeral, os cardeais eleitores, aqueles com menos de 80 anos, serão convocados para o conclave, que ocorrerá na Capela Sistina. O conclave deve começar entre 15 e 20 dias após a morte do Papa. Durante esse período, os cardeais se reúnem em sessões conhecidas como congregações gerais para discutir os desafios da Igreja e perfilar possíveis candidatos. A eleição requer uma maioria de dois terços dos votos, e o resultado é anunciado ao mundo com a tradicional fumaça branca e a proclamação “Habemus Papam”.
Desafios para o novo pontífice
O próximo Papa enfrentará desafios significativos, incluindo a continuidade das reformas iniciadas por Francisco, como a maior inclusão de mulheres e pessoas LGBTQ+ na Igreja, além de questões como a secularização crescente, escândalos de abusos e a necessidade de modernização da Cúria Romana.
A morte do Papa Francisco marca o fim de um pontificado caracterizado por uma abordagem pastoral voltada aos pobres e marginalizados, reformas na estrutura da Igreja e um apelo à simplicidade e humildade. Enquanto a Igreja Católica se prepara para eleger seu novo líder, fiéis de todo o mundo rendem homenagens ao pontífice que deixou um legado de compaixão e compromisso com a justiça social.