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Quem é Cardeal Angelo Becciu: A sombra de um escândalo às vésperas do Conclave

Crédito: Reprodução
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Condenado por corrupção no Vaticano, Becciu tenta retomar protagonismo e desafia decisão do Papa Francisco ao querer participar da escolha do novo Papa

Às vésperas do Conclave que elegerá o sucessor do Papa Francisco, o nome de Giovanni Angelo Becciu ressurge no centro das atenções com um dos maiores escândalos da história recente do Vaticano. O cardeal italiano, de 75 anos, foi destituído de seus direitos e prerrogativas pelo próprio pontífice em 2020, após ser acusado de má gestão de fundos da Santa Sé e de envolvimento em operações financeiras obscuras.

O escândalo e a condenação

Becciu foi um dos nomes mais influentes da Cúria Romana até ser afastado por Francisco. À época, era prefeito da Congregação para as Causas dos Santos e ocupava cargos de grande prestígio junto à Secretaria de Estado. A sua queda começou com investigações sobre investimentos suspeitos, principalmente em imóveis de luxo em Londres, que envolveram milhões de euros provenientes de fundos do Vaticano.

Em dezembro de 2023, após um longo julgamento conduzido por um tribunal criminal da Santa Sé — inédito em sua abrangência —, Becciu foi condenado a cinco anos e seis meses de prisão por peculato e abuso de poder. Mesmo diante da condenação, ele continua sustentando sua inocência e afirma ser vítima de uma injustiça.

A tentativa de reabilitação

A polêmica volta à tona porque Becciu tenta garantir sua presença no Conclave que se aproxima. Embora ainda tenha o título de cardeal, ele perdeu o direito de participar de qualquer eleição papal por decisão do Papa Francisco, que o privou formalmente dessas funções após as denúncias.

A insistência de Becciu em se manter como figura ativa dentro da Igreja, inclusive com uma presença política crescente entre setores mais conservadores, tem causado tensão no Vaticano. Fontes ligadas à Santa Sé informam que o cardeal tem feito articulações discretas para tentar reverter a decisão, mesmo sabendo que o posicionamento da maioria dos cardeais é contrário à sua participação.

Reações internas e externas

A comunidade católica internacional acompanha com apreensão os desdobramentos do caso. Para muitos analistas, a presença de Becciu no Conclave representaria um retrocesso nos esforços do Papa Francisco para promover mais transparência e ética no Vaticano. Em declarações recentes, membros da Igreja têm reafirmado o compromisso com a integridade do processo de sucessão papal.

O escândalo protagonizado por Becciu também levanta debates mais amplos sobre a necessidade de reformas estruturais na administração financeira da Igreja e o impacto que figuras controversas ainda exercem nos bastidores do poder religioso.

Conclave sob tensão

A crise causada por Becciu lança uma sombra sobre o Conclave de 2025, um dos mais aguardados da história moderna da Igreja Católica. Mesmo afastado oficialmente, sua insistência em se manter nos holofotes reforça a divisão entre setores progressistas e conservadores dentro da instituição. O Vaticano, por sua vez, segue monitorando os movimentos do cardeal, sem dar sinais de que sua exclusão será revista.