Uso de tecnologia levanta debate sobre convivência e legalidade
Um turista argentino gerou polêmica em uma praia brasileira ao utilizar um dispositivo eletrônico para desativar caixas de som portáteis de outros frequentadores. A ação dividiu opiniões entre aqueles que apoiaram uma atitude como um ato de defesa do sossego e aqueles que consideraram uma medida invasiva e ilegal.
O equipamento, um bloqueador de frequência, é capaz de interromper sinais de dispositivos Bluetooth, forçando a desconexão entre celulares e caixas de som. Embora a tecnologia não seja amplamente conhecida, especialistas alertam que o uso de bloqueadores é proibido no Brasil por interferir nas frequências de rádio e comunicação, conforme regulamentado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A opinião para o uso ou comercialização desses aparelhos pode incluir multa e compreensão.
O debate sobre o uso de alguns em locais públicos
O episódio trouxe à tona discussões sobre convivência em espaços públicos, especialmente em praias, onde o uso de caixas de som é cada vez mais comum. Muitos consideram o hábito de ouvir música em volumes elevados desrespeitoso, enquanto outros defendem a liberdade de curtir músicas nesses ambientes.
De acordo com a legislação brasileira, a emissão de alguns espaços públicos deve respeitar limites de volume e horários, mas a fiscalização ainda é insuficiente. Em diversos locais, esse tipo de conflito levou à criação de áreas específicas para quem prefere silêncio, como já ocorre em algumas praias no estado de São Paulo.
Especialistas alertam para riscos
O especialista em telecomunicações Carlos Sampaio destaca que o uso de bloqueadores pode causar problemas maiores. “Esses dispositivos não apenas interrompem conexões locais, mas também podem interferir em sinais de emergência e comunicações essenciais, como os utilizados por serviços de segurança e saúde.”
Embora o caso tenha gerado repercussão, as autoridades brasileiras ainda não se manifestaram sobre possíveis avaliações ao turista. Por outro lado, o episódio também reacendeu a necessidade de campanhas educativas para promover uma convivência harmoniosa em espaços públicos.

Foto: Reprodução / X