Desenvolvimento de tecnologia personalizada transforma a vida de jovem bailarina que enfrenta desafio raro
A bailarina Maria, desde o nascimento, enfrenta uma condição rara conhecida como síndrome da banda amniótica, que pode levar a deformidades congênitas. No caso de Maria, a síndrome afetou seus dedos dos pés, tornando seu sonho de se tornar uma bailarina profissional um verdadeiro desafio. A deformidade causava dores intensas, agravadas pelo treinamento físico intenso necessário para sua arte.
A situação de Maria começou a mudar graças à colaboração entre profissionais da saúde e do design. A radiologista Clarissa Canella, do Laboratório CDIP, uniu forças com Heron Werner, coordenador do Laboratório de Biodesign, e Jorge Lopes, professor de design da PUC-Rio. Juntos, eles desenvolveram uma solução inovadora para Maria: uma ponteira personalizada para suas sapatilhas de balé, fabricada com tecnologia de impressão 3D.
A nova ponteira é feita de silicone e foi projetada para se adaptar perfeitamente aos pés de Maria. Essa adaptação não apenas aliviou a dor, mas também proporcionou uma melhoria significativa no suporte e estabilidade durante as performances. “As tecnologias de reconstrução e impressão 3D são excelentes ferramentas na inclusão de diversos casos de malformação em pacientes,” comentou Heron Werner em entrevista à Alcemo Gois, do jornal O Globo.
A importância da ponteira não pode ser subestimada. No balé, a ponteira é colocada na parte frontal das sapatilhas e desempenha um papel crucial no suporte, proteção e estabilidade do dançarino. Além de ajudar a distribuir o peso corporal de forma mais uniforme, a ponteira permite que os bailarinos realizem movimentos complexos com maior segurança e facilidade.
Graças a essa inovação, Maria agora pode dançar sem a dor que antes limitava seu desempenho e seu sonho de se tornar uma bailarina profissional está um passo mais próximo da realidade.
Foto: Arquivo pessoal