Mudanças visam aumentar a segurança das transações e prever o lançamento do Pix automático em 2025
O Banco Central anunciou nesta segunda-feira (22) que o sistema de pagamentos instantâneos Pix passará a contar com novos mecanismos de segurança a partir de 1º de novembro. Além disso, foi informado que o lançamento do Pix automático, que permitirá pagamentos recorrentes, foi adiado para junho de 2025, em vez de outubro deste ano, como inicialmente previsto.
No que diz respeito à segurança, a instituição determinou que a iniciação de transações Pix por dispositivos não cadastrados pelo cliente só será permitida para valores até R$ 200, desde que o limite diário não ultrapasse R$ 1 mil. Para transações fora desses limites, será necessário que o dispositivo tenha sido previamente cadastrado pelo cliente.
“Essa medida minimiza a probabilidade de fraudadores usarem dispositivos diferentes daqueles utilizados pelo cliente para gerenciar chaves e iniciar transações Pix. Isso dificultará a fraude em que o agente malicioso consegue, por meio de roubo ou de engenharia social, as credenciais, como login e senha, das pessoas”, explica o Banco Central em nota oficial.
Além dessas medidas, as instituições financeiras participantes do Pix terão que adotar uma solução de gerenciamento de risco de fraude que utilize as informações de segurança armazenadas pelo Banco Central e que seja capaz de identificar transações Pix atípicas ou incompatíveis com o perfil do cliente. Também será necessário disponibilizar informações aos clientes, por meio de canais eletrônicos, sobre os cuidados a serem tomados para evitar fraudes.
Outra exigência é que as instituições verifiquem, pelo menos uma vez a cada seis meses, se os clientes possuem alguma marcação na base de dados do Banco Central que indique suspeita de fraude. “Espera-se que os participantes tratem de forma diferenciada esses clientes, seja por meio do encerramento do relacionamento ou do uso de um limite diferenciado de tempo para autorizar transações iniciadas por eles e do bloqueio cautelar para as transações recebidas”, detalha o Banco Central.
Essas novas regras visam tornar o sistema Pix ainda mais seguro e confiável, prevenindo fraudes e protegendo os usuários contra práticas ilícitas. As mudanças refletem o compromisso do Banco Central em aprimorar continuamente a segurança dos meios de pagamento no Brasil.