Brasil, Estados Unidos e Índia lançaram neste sábado, 9 de setembro, a Aliança Global de Biocombustíveis (GBA). A iniciativa busca promover a produção e o consumo de biocombustíveis, em especial do etanol, como fonte de energia alternativa e menos poluente para o transporte.
Os três países são os principais produtores de etanol do mundo, devido à produção de milho e cana-de-açúcar. Segundo os governos indiano e brasileiro, com base nos dados da Agência Internacional de Energia, a produção de biocombustíveis precisa triplicar até 2030 para o mundo alcançar emissões líquidas zero até 2050.
A cerimônia de lançamento da GBA foi realizada em Nova Deli, na Índia, paralelamente à Cúpula do G20. Participaram do evento os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Joe Biden (EUA) e Narendra Modi (Índia).
Nas redes sociais, Lula defendeu a iniciativa conjunta “para reanimar o uso e produção de etanol e outros biocombustíveis, onde o Brasil lidera em tecnologia”. “Mais desenvolvimento com menos emissão de carbono e menos dependência de combustíveis fósseis”, afirmou.
A aliança está aberta a novas adesões e conta, atualmente, com 19 países. O Canadá e Cingapura participam, de início, na condição de observadores. Também fazem parte da aliança 12 organizações dos setores público e privado internacionais e dos países membros.
O Brasil é um dos principais defensores do etanol como fonte de energia renovável e menos poluente. O país conta com uma indústria de biocombustíveis consolidada, com a produção de etanol a partir da cana-de-açúcar.
O RenovaBio, programa criado pelo Ministério de Minas e Energia em 2016, prevê a certificação da produção de biocombustíveis de acordo com as reduções na emissão de gases do efeito estufa.
A expectativa é que o uso do carro flex, consolidado no Brasil, se espalhe pela Índia e demais participantes da Aliança Global de Biocombustíveis. “Nosso desafio é garantir o suprimento global num cinturão de bioenergia relevante. A demanda existe”, disse Evandro Gussi, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), à Agência Estado.
Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República/Reprodução