Com casos recentes no Brasil e mutações preocupantes do vírus H5N1, especialistas discutem a ameaça crescente da gripe aviária para a saúde pública mundial.
A gripe aviária, causada principalmente pelo vírus influenza A (H5N1), voltou ao centro das atenções globais após a confirmação de casos em humanos e surtos em aves no Brasil. O primeiro foco em uma granja comercial foi registrado em Montenegro, no Rio Grande do Sul, em maio de 2025, levando a medidas emergenciais de contenção e à suspensão temporária das exportações de carne de frango para países como China, União Europeia e Argentina.
Transmissão e Sintomas
A transmissão do H5N1 para humanos ocorre principalmente através do contato direto e desprotegido com aves infectadas ou ambientes contaminados por suas secreções. O consumo de carne de frango devidamente cozida não representa risco de infecção.
Os sintomas em humanos são semelhantes aos da gripe comum, incluindo febre alta, tosse, dor de garganta e falta de ar. Em casos graves, podem ocorrer complicações como pneumonia, insuficiência respiratória e falência múltipla de órgãos, podendo levar ao óbito.
Riscos de Pandemia
Especialistas estão preocupados com a capacidade do H5N1 de sofrer mutações que facilitem a transmissão entre humanos. Casos recentes nos Estados Unidos, incluindo a infecção de uma criança após o consumo de leite cru, demonstram a adaptabilidade do vírus.
Embora a transmissão entre humanos ainda seja rara e limitada, cada nova infecção oferece ao vírus a oportunidade de evoluir e potencialmente causar uma pandemia.
Prevenção e Tratamento
Atualmente, não há vacina específica para humanos contra o H5N1. O tratamento recomendado é o uso do antiviral oseltamivir, preferencialmente nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas, para reduzir a gravidade e a duração da doença.
Medidas preventivas incluem evitar o contato com aves doentes ou mortas, utilizar equipamentos de proteção ao manusear aves e manter boas práticas de higiene.
Conclusão
A situação atual da gripe aviária exige vigilância constante e ações coordenadas entre autoridades de saúde, setor agropecuário e a população em geral. A prevenção é fundamental para evitar que o H5N1 se torne a próxima grande ameaça pandêmica.